Na época da fundação de Brasília o presidente do Brasil era Juscelino Kubitschek, que havia iniciado o seu governo em 1956 com a promessa de realizar “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de governo”. Para isso elaborou o que ficou conhecido como Plano de Metas, que pretendia integrar a economia brasileira ao capitalismo mundial. A intervenção do Estado era forte na economia e previa investimentos em infraestrutura, com a construção de hidrelétricas, redes de comunicação e transporte. Para viabilizar essas metas, o governo conseguiu atrair investidores estrangeiros, cujos capitais possibilitaram o desenvolvimento da indústria pesada, a produção de máquinas industriais e de bens de consumo duráveis.
Um dos compromissos de Juscelino era mudar a capital do Brasil, construindo uma nova cidade. Porém os objetivos de Kubitschek iam muito além de construir uma cidade utópica. Além do desenvolvimento industrial, os objetivos do governo previam um deslocamento do eixo político-econômico do país. Neste contexto inseriu-se a construção de Brasília, planejada para ser a nova capital do Brasil. O governo considerava que a cidade atrairia investimentos, que ajudaria promover o desenvolvimento no interior. A presença dos diversos órgãos do governo no interior funcionaria como um eixo da integração nacional. Geraria emprego, ocuparia parte da mão de obra nordestina desafogando a região centro-sul. A construção de Brasília expressava o desejo de modernidade, de igualdade defendida pelo estado. O Brasil pela primeira vez olhava para seu interior e não só para o oceano Atlântico e para a Europa. A transferência certamente forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias trazendo maior integração econômica. Eliminar as classes sociais era um grande sonho, infelizmente esse objetivo não foi cumprido exceto durante a construção das cidades, onde todos compartilhavam das mesmas comidas e alojamentos.
No governo, Jucelino Kubitschek aprovou a construção de Brasília, tendo Lucio Costa como planejador urbanístico e Oscar Niemeyer como arquiteto.
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